Desempenho da Vale no 2T22
- No 2T22, a Vale reportou um EBITDA ajustado proforma das operações continuadas de R$ 25,8 bilhões, ficando R$ 6,9 bilhões abaixo do 1T22, refletindo a queda dos preços de minério de ferro e cobre no final do trimestre, que foi parcialmente compensada por maiores volumes de vendas de minério de ferro.
- No 2T22, investimos US$ 1,293 bilhão em projetos de crescimento e manutenção, um aumento de US$ 157 milhões em relação ao 1T22, principalmente devido aos avanços nas obras de construção e aquisição de equipamentos nos projetos Sol do Cerrado, Salobo III e VBME
- O Fluxo de Caixa Livre das Operações aumentou US$ 1,066 bilhão t/t atingindo US$ 2,295 bilhões, uma conversão de caixa de mais de 41% do EBITDA proforma. O melhor resultado é explicado principalmente pelo impacto positivo do capital de giro no 2T e pelo imposto de renda sazonalmente maior pago no 1T22.
- A dívida bruta e arrendamentos totalizaram US$ 12,608 bilhões em 30 de junho de 2022, US$ 1,407 bilhão menor t/t, devido, principalmente, à oferta pública de compra dos títulos da Vale. A dívida líquida expandida diminuiu para US$ 18,558 bilhões, atribuída principalmente ao efeito da depreciação do real sobre os compromissos denominados em moeda local, que foi parcialmente compensada pelas perdas de marcação a mercado nas posições de hedge cambial.
O EBITDA de Minerais Ferrosos foi de R$ 25,3 bilhões
- O EBITDA de Minerais Ferrosos foi R$ 5,2 bilhões inferior ao 1T22, devido a menores preços realizados de finos de minério de ferro e aos maiores custos de C1 e frete, parcialmente compensados pelos maiores volumes de vendas.
- O preço médio realizado de finos de minério de ferro foi de US$ 113,3/t, uma queda de US$ 28,1/t t/t, principalmente devido: (a) ao preço provisório US$ 38,2/t menor no final do 2T22, refletindo a menor curva forward no final do trimestre e (b) prêmios menores, como consequência da maior participação de produtos com alto teor de sílica no mix de vendas.
- O custo C1, excluindo compras de terceiros, foi de US$ 20,9/t, US$ 2,2/t maior t/t, principalmente devido ao impacto negativo da valorização média do real, venda de estoques de maior custo construídos no 1T, e maiores custos com serviços e combustíveis, que foram parcialmente compensados pela diluição dos custos fixos.
- O custo de frete para finos de minério de ferro foi de US$ 21,3/t no 2T22, US$ 3,2/t maior do que no 1T22, principalmente devido aos maiores custos de bunker.
O EBITDA de Metais Básicos foi de R$ 2.961 milhões no 2T22, ficando R$ 958 milhões abaixo do 1T22
- O EBITDA de Níquel foi de R$ 2.845 milhões no 2T22, uma melhora de R$ 120 milhões t/t, que foi impulsionada por (a) maiores preços realizados de níquel, após o aumento de 10% nos preços da LME, e (b) um sólido desempenho em Onça Puma. Entretanto, tivemos menor crédito de subprodutos devido principalmente ao menor preço do cobre no 2T22.
- O EBITDA do negócio de Cobre foi de R$ 116 milhões no 2T22, R$ 1.078 milhões inferior t/t, principalmente devido a (a) reajustes dos preços provisórios, após os preços futuros 20% mais baixos da LME no final do trimestre e (b) aos maiores custos de manutenção e de material em Salobo e Sossego.
Indicadores de endividamento
A dívida bruta e arrendamentos totalizou US$ 12,608 bilhões em 30 de junho de 2022, US$ 1,407 bilhão inferior t/t, principalmente devido à oferta de recompra de notas emitidas pela Vale de US$ 1,291 bilhão como parte da estratégia de gestão de passivos da companhia.
A dívida líquida expandida diminuiu para US$ 18,558 bilhões, US$ 814 milhões inferior t/t, devido à menor dívida bruta e ao efeito de US$ 1,7 bilhão da desvalorização de 11% do real, parcialmente compensados pela menor posição de caixa e perdas na marcação a mercado nas posições de hedge cambial.